No final de uma tarde de setembro, fui visitar uma senhora de 87 anos... Quem imagina que a conversa girou em torno de lamentos e dores e tristezas se enganou. A “velhinha” que fui visitar encontrava-se perfeitamente trajada (roupas confeccionadas, em sua maioria, por ela mesma), de unhas feitas e vistosos brincos e anéis. Contou todas as suas peripécias de idosa com risos e mais risos... suas limitações foram tema de piadas e motivo para as gargalhadas...
Esta “senhora” é minha sogra, Dona Nilza. Dizem que sogra não é “ex”, que sogra é para sempre... que bom! Dona Nilza é mesmo para sempre em meu coração. Mulher corajosa, criou os sete filhos com generosidade e alegria. Uma artista que ousa ser feliz com o que tem, sem grandes ambições, sem grandes expectativas. Para ela, bastam o tempo, os parentes, os amigos, uma boa conversa, a alegria. Toda a vida vivida a cada dia, desfrutando do prazer de existir.
A ela não devo nada, nem ela a mim. Estivemos mais próximas durante bastante tempo... agora, quando posso, a visito, junto com meus filhos, somente pelo prazer de sua companhia... Somos mulheres de gerações diferentes, quarenta anos nos separam, mas, temos em comum a luta pelo bem-estar dos filhos que geramos. Não ficou entre nós nenhuma rusga dos tempos difíceis... entendemos que cada uma ofereceu a outra o que podia, dadas todas as circunstâncias...
Estar com Dona Nilza é, a todo segundo, celebrar a vida. Obrigada, querida amiga.
NILZA
Idade de senhora, vitalidade de menina.
Mãos de fada no prato,
no pano,
no pincel.
Amor incondicional aos que lhe vieram da carne
e aos que lhe traz a alma.
Símbolo de doação...
Mãos abertas ao próximo,
mãe espiritual de muitos.
Aos justos, pede conciliação,
aos injustos, oferece terno – e eterno – perdão.
Mulher da Nova Era...
Amiga, querida, artista,
maga, irmã, rainha,
nossa bússola de navegação...
Tia! Isso foi lindo de mais!
ResponderExcluirParabéns, sensibilidade a flor da pele. bjs
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