domingo, 25 de setembro de 2011

Contos de menina...

Meus amigos Leda e Jocely têm dois belos filhos: Lívia e Miguel. São crianças educadas com carinho e cuidado. Gosto de observar o quanto são inocentes: lembram-me as crianças de quando eu era menina... Após o lançamento de "Menina dos Olhos", a Lívia disse para a mãe que havia descoberto sua profissão. Com toda certeza dos seus dez anos, anunciou que seria escritora. E começou a escrever histórias e mais histórias. Muitas, inclusive, ela própria ilustra, utilizando o computador. Lívia constrói novos contos de fadas, diferentes dos tradicionais, como ela mesma comenta. Lívia tem ótimo vocabulário e suas palavras nos levam a imaginar as cenas que descreve. Lívia bem que merece publicar um livro...

Com vocês, a pequena-grande escritora, Lívia Jane...

Carta ao leitor
Todos esses séculos os contos de fada sempre foram assim: madrasta ruim, pai viúvo, mãe morre doente, princesinha maltratada pela madrasta e príncipe encantado. Mas as minhas histórias são diferentes...
As três árvores
Era uma vez uma garota chamada Ester que morava com seus cinco irmãos homens: Daniel, Gabriel, Joel, Samuel e Marcel.  Ela era a única menina da família, porém, era a mais velha. Um lindo dia, combinaram que iriam visitar os avós no final de semana. Seus avós, ninguém sabe por que, moravam na floresta.
                Ester mandou Daniel pegar três tipos de frutas diferentes para levarem para os avós. Daniel estava procurando os frutos de que mais gostava e encontrou-os em três árvores belas e carregadas que ficavam no alto de um morrinho. Daniel, ao enxergar as árvores, começou a salivar, esqueceu do que deveria fazer e comeu os frutos de uma vez só. Na última árvore ele nem subiu, pois estava com a barriga cheia.
                 Voltou para casa sem saber de nada e sua irmã chamou sua atenção. Mas, como só iriam visitar os avós no fim de semana, ela não ficou tão nervosa. No outro dia, Ester mandou Gabriel fazer o que o irmão não tinha feito. Por coincidência, ele encontrou as três árvores que o irmão tinha achado. Aconteceu a mesma coisa e a irmã também chamou sua atenção. No outro dia, ela mandou Joel fazer a mesma coisa e não aconteceu diferente. Ester mandou depois Samuel e aconteceu tudo igual. No dia seguinte ela mandou Marcel e disse que não aceitaria desculpas.
                 Marcel era o mais inteligente de todos os cinco meninos, só não era mais que a irmã por ser o mais novo dos filhos. Ela já viu quase todo tipo de coisa, por isso ele era o segundo mais inteligente. 
  Marcel mergulhou um pano em molho de pimenta que fervia e queimava suas mãos, e colocou-o amarrado na boca, assim não comeria nada, pois, se tentasse tirar o pano, se queimaria e se abrisse sua boca engoliria pimenta. Encontrou as três árvores das desculpas dos seus irmãos e pegou tudo o que tinha a pegar, mas achou uma matilha de lobos a sua frente. Marcel correu e entrou em casa. A irmã viu tudo o que tinha acontecido e se orgulhou de Marcel, mas se desapontou e pediu desculpas aos irmãos, que tinham falado a verdade. Assim, visitaram os avós e tudo correu bem daquele dia em diante.

Ass.: Lívia Jane

SENHORA DA VIDA

No final de uma tarde de setembro, fui visitar uma senhora de 87 anos... Quem imagina que a conversa girou em torno de lamentos e dores e tristezas se enganou. A “velhinha” que fui visitar encontrava-se perfeitamente trajada (roupas confeccionadas, em sua maioria, por ela mesma), de unhas feitas e vistosos brincos e anéis. Contou todas as suas peripécias de idosa com risos e mais risos... suas limitações foram tema de piadas e motivo para as gargalhadas...
Esta “senhora” é minha sogra, Dona Nilza. Dizem que sogra não é “ex”, que sogra é para sempre... que bom! Dona Nilza é mesmo para sempre em meu coração. Mulher corajosa,  criou os sete filhos com generosidade e alegria. Uma artista que ousa ser feliz com o que tem, sem grandes ambições, sem grandes expectativas. Para ela, bastam o tempo, os parentes, os amigos, uma boa conversa, a alegria. Toda a vida vivida a cada dia, desfrutando do prazer de existir.
A ela não devo nada, nem ela a mim. Estivemos mais próximas durante bastante tempo... agora, quando posso, a visito, junto com meus filhos, somente pelo prazer de sua companhia... Somos mulheres de gerações diferentes, quarenta anos nos separam, mas, temos em comum a luta pelo bem-estar dos filhos que geramos. Não ficou entre nós nenhuma rusga dos tempos difíceis... entendemos que cada uma ofereceu a outra o que podia, dadas todas as circunstâncias...
Estar com Dona Nilza é, a todo segundo, celebrar a vida. Obrigada, querida amiga.
NILZA
Idade de senhora, vitalidade de menina.
Mãos de fada no prato,
                                   no pano,
                                               no pincel.
Amor incondicional aos que lhe vieram da carne
e aos que lhe traz a alma.
Símbolo de doação...
Mãos abertas ao próximo,
mãe espiritual de muitos.
Aos justos, pede conciliação,
aos injustos, oferece terno – e eterno – perdão.
Mulher da Nova Era...
Amiga, querida, artista,
maga, irmã, rainha,
nossa bússola de navegação...






domingo, 4 de setembro de 2011

Exagero de amiga

Há alguns dias, recebi um e-mail de uma amiga... o nome dela é Sônia Proença. Estudamos juntas, no Curso de Magistério, quando éramos meninas adolescentes. Quando ainda acreditávamos em príncipes encantados e em relacionamentos perfeitos.
Encontramo-nos não muitas vezes... sempre rapidamente... na porta da padaria, na saída do Colégio, no salão de cabeleireiro... nestes momentos, sempre recebo dela palavras carinhosas... Embora nos vejamos pouco, ela sabe ler o que vai na minha alma, a cada momento da minha vida... seu jeito resolvido de ser me ensina, sua alegria se espalha por todo lugar onde passa... ela nunca deixou de acreditar... e estava certa, o tempo todo...
Segue a mensagem, que ela me pediu para postar no blog... como poderão ler, muitas das suas palavras são exageros de amiga...

"Sabe aquela amiga sonhadora?
Aquela que espera um príncipe encantado... que borda seu enxoval com as iniciais? Que fala corretamente, que não gosta de falar alto, que andava de rasteirinha, mas parecia estar de salto...? Foi assim que nos conhecemos no famoso Instituto, no nosso curso Normal. Havia poucas meninas e nenhum menino e isso nos deixava mais à vontade ainda, podíamos trocar receitas, piadinhas (sempre femininas) e ela, aquela loirinha, destacava-se pela sua forma sempre pontual nas  tarefas e  no capricho!
Já namorava sério, assim como era: séria!
Enquanto algumas gostavam de sair (assim como eu... rs), ir a bailes, shows, barzinhos e karaokês ( que  faziam o  maior sucesso naquela época) ela era pouco vista na “night”. Saía, mas não tanto quanto eu..rs
O tempo passa, as pessoas mudam bastante, mas não perdem sua essência, seus valores, e sei bem o quanto você, Eliana, é especial. Além de uma mulher bonita, charmosa,  inteligente, uma mãe preocupada e ativa, vejo em você hoje uma mulher muuuito melhor...Vejo você mais Mulher, talvez a maturidade e as experiências de vida tenham feito isso, está ainda melhor do que sempre foi.
É muito bom encontrá-la e ver que seus olhos hoje têm um brilho mais intenso.
Eliana, adoro você, amiga, sei o quanto dedicada é em tudo que faz e estou torcendo pelo seu sucesso pessoal e profissional. Adoro seu Blog, suas histórias, uma delícia de ler e viajar...
Um grande beijo da sua amiga.
 Sonia"