quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CAIXA DE UVA


Escrevi há alguns anos: sobre uvas, Natal e saudade. Para vocês.



CAIXA DE UVA

                   Era dezembro. As lojas abriam à noite, as ruas ganhavam decoração natalina e os cartões eram enviados pelo correio. Havia no ar aquele “clima de Natal”.
                   Mas, para nós, o sinal de que o Natal se aproximava era quando ele chegava com a caixa de uva. Ouvíamos seus passos lentos e firmes na escada e ele aparecia: sorriso no rosto, segurava a grande caixa como se fosse um filho querido.
                   Rapidamente, nos desfazíamos da madeira fina que prendia os vigorosos frutos e passávamos a lavar os cachos, já com o sabor das uvas nos lábios. A partir dali, a festa eram as uvas. Era uva no café da manhã, na sobremesa, no meio da tarde, em frente à tevê, na ceia. Esse, então, era o melhor momento: em volta da mesa, degustando as uvas, compartilhávamos os acontecimentos do dia e da vida. Assim, ele oferecia a nós a fruta – fruto do seu intenso trabalho diário, a doce recompensa pelos dias em que não podíamos tê-lo conosco, nem mesmo nos almoços de domingo e nas tardes de feriado.
                   Naqueles dias, meu pai era o Provedor: ofertava pelo prazer de ver o outro se satisfazer. Simples: ninguém sabia o quanto lhe custava a caixa de uva. Só recebíamos e saboreávamos, como pássaros-filhotes no ninho. Meu pai era também o Papai Noel: caixa no lugar do saco, chinelos gastos em vez de boas, doces frutos natalinos substituindo presentes comercialmente veiculados.
                   Já recebi outras caixas de uva, ofertadas também de boa vontade. Já comprei caixas e cachos, escolhidos a dedo ou a olho. Mas, nenhuma uva é tão saborosa quanto aquelas, saudosas, dos Natais em que meu pai estava entre nós.




Eliana Maciel

sábado, 20 de novembro de 2010

Mauro Celso e o País da Maravilhas

Mauro Celso, um dos alunos-amigos do Curso de Pedagogia da UNIVESP, indicou-me o filme "A Menina no País das Maravilhas". Eu não conhecia, mas, pelo trailler, me pareceu muito bom. E se o Mauro Celso elogiou, podem acreditar.

"Olá Eliana
Achei maravilhoso.
Não sei por que, mas acho que tem tudo com nossa infância, nossos sonhos...
Mauro Celso"


Uma pitada de poesia...

Arrisco-me também a escrever versos. Espero que apreciem. Bom final de semana a todos.


PALAVRAS

São loucas, as palavras
Elas nos estimulam e nos anulam
As palavras são vivas
As palavras fazem a dor
As palavras fazem amor
De que são feitas as palavras?
Elas indicam o caminho
Para a firmeza do seu corpo
As palavras são espumas,
Fio brilhante de saliva
Que fazem por nós o que não podemos
As palavras são costureiras:
Tecem fantasias e máscaras
Que colocamos e tiramos
No carnaval das convenções sociais
As palavras se coisificam?
As palavras incitam e excitam
Criam ambientes íntimos
No lusco-fusco do ambulante túnel
Cheirando a combustível
As palavras são serpentes –
Seduzem sozinhas, sofistas que são
Há pensamentos sem palavras?
As palavras contam
                       Mentem
                      Desmentem
Expõem em vitrines
Os corpos nus e cobertos
As palavras secam as línguas
E amortecem os lábios
As palavras são essenciais:
Sussurram com as mãos –
Agora íntimas – as linhas das mãos
Decoradas e conhecidas...
Há sentimentos sem palavras?
As palavras ousam
                       Profetizam
                       Derretem distâncias
Como sorvetes ao sol
Como nossas bocas venceram,
Perigosamente, o espaço...
As palavras são femininas
As palavras beijam
                       Cheiram
                      Lambem
As palavras são sinestésicas:
                    Lambem os cheiros
                    Escutam a pele
                    Tocam o gosto
                    Olham os sons
As palavras incomodam:
Risco de unha no quadro-negro
Têm fim as palavras?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MATILDE E SEUS ALUNOS


 
Há muitos anos conheci a Matilde. Era minha aluna no curso noturno, na Escola Conselheiro Rodrigues Alves. Eu estava começando minha carreira e me encantei com a delicadeza daquela moça, a persistência, a boa vontade e a escrita, clara e precisa.
Nos reecontramos no CEFAM. Foi minha aluna por dois anos e posso dizer que esteve entre as melhores. Responsável, lutadora, colaboradora, não havia o que a Matilde não fizesse bem.
Algum tempo depois, ela era Coordenadora da escola onde meus filhos estudaram. Impecável. Soube que fizera a opção por cursar Letras, o que muito me agradou.
Há pouco tempo, como responsável pelo Projeto Bolsa Mestrado na Diretoria de Ensino, recebi a Matilde como bolsista. De novo, sem nenhum problema. Prazos cumpridos, oraganização, compromisso.
Ela atua como Professora  de Língua Portuguesa e Literatura na EE Dinah Motta Runha, escola do meu setor de Supervisão. De novo nossos caminhos se cruzam.
Há poucos dias, me contou que havia lido o meu texto "Autobiografia" e, por meio dele, iniciou um trabalho com os alunos, cujos resultados vocês poderão conferir no link abaixo, do blog da EE Dinah Motta Runha.
Os textos, belíssimos, revelam a vida desses adolescentes, muitas vezes, sofrida... Assim, nos encontramos todos: eu, Matilde, alunos, leitores, no universo belo e afetivo das palavras, que nos auxilia a, cada vez mais, desenvolvermos nosso olhar para o outro e, em consequência, nossa humanidade.
Obrigada, Matilde.
Esses alunos têm muita sorte!

 http://dinahmottarunha.blogspot.com/2010/11/autobiografia.html

sábado, 13 de novembro de 2010

Estou lendo...




Esta senhora que veem na imagem ao lado é Laura Ingalls Wilder. Ela escreveu 09 livros, retratando sua vida cotidiana e a de sua família na marcha para o oeste norte-americano.
Li o primeiro volume aconselhada pela amiga Maria Angélica e me encantei. Não há grandes conflitos, é quase um relato do dia-a-dia da família Ingalls, seu trabalho árduo, suas privações e incríveis união e dignidade mesmo nas grandes adversidades. Revela para nós o sabor do espírito pioneiro americano sob a ótica de uma menina.
Uma leitura interessante também para as crianças, que poderão, talvez, olhar com outros olhos a vida confortável que temos atualmente. Suave e forte.
E você, o que está lendo?

NATAL NO QUINTAL

TAMBÉM ESTAREI LÁ!

BAZAR NATAL NO QUINTAL

Dias 04 e 05 de dezembro, sábado e domingo
Das 9 às 18 horas
 
Nos próximos dias 04 e 05 de dezembro estaremos realizando mais uma versão do BAZAR NATAL NO QUINTAL, no pátio interno do restaurante Luciana Slow Food, em Guaratinguetá sob a organização de José Luiz de Souza.

Artistas, artesãos, criadores, instituições culturais e/ou filantrópicas deverão expor e vender seus produtos tendo como foco o natal e as festas de fim de ano: moda, decoração, brechó, sebo de livros, cartões, cestas de natal, cerâmicas, patchworks, antiguidades, quitutes. Entre os participantes estão,Ya San Levy, Heleninha Guisard,Eliana Malta, Ana Beatriz Nader, ONG Pandiroba (Taubaté), Instituto Lucas Amoroso (Guará), Maria Joanna Apetrechos, Quitanda Literária ( com produtos de Cunha), Stela Lobo Patchwork, Four Seasons, Val Ribeiro Designer, Sandra Temer Acessórios Finos, são apenas alguns dos nomes já confirmados. José Luiz de Souza cuidará da tenda brechó com peças de moda e decoração, semi novas, a "preço de banana"!

Nas duas tardes do bazar também acontecerão na Barraca do Escritor, autógrafos de livros recentemente lançados, para um contato direto com os autores

NO SÁBADO: Eliana Maciel ( “Menina dos Olhos” Contos), Vanessa Rocha ( de Taubaté, cronista do jornal O VALE com o livro "Pequeno Tempo"),

NO DOMINGO:  Thereza e Tom Maia ( com o livro Guaratinguetá Ontem & Hoje).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

LANÇAMENTO MENINA DOS OLHOS FATEA LORENA: 18/11


Por indicação da Stela Maris, colega da Supervisão, e Coordenadora do Curso de Letras da FATEA, fui convidada para fazer parte da programação do RETRATOS DO VALE com o lançamento do Menina dos Olhos. Para mim, será um grande prazer reencontrar pessoas queridas (até mesmo ex-professores do Curso de Letras!) e conhecer pessoas novas, além de divulgar meus contos. Agradeço a oportunidade. Todos meus amigos também estão convidados.

domingo, 7 de novembro de 2010

COPACABANA

Compartilho com vocês o texto Copacabana, de minha autoria. No aniversário de 50 anos da Bossa Nova, o Jornal O Estado de São Paulo lançou um concurso de contos. Havia uma condição: o conto deveria fazer referência à música considerada a precursora da Bossa Nova: Chega de Saudade, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Meu conto não foi premiado, mas tive o prazer de compor uma história de amor bem ao estilo carioca. Espero que saboreiem. Tenham uma boa semana.


COPACABANA

No calçadão, seus passos cadenciados. À direita, a areia e o mar. Olha os pés em sandálias leves. Gosta do formato dos seus dedos, do contorno de suas unhas. Caminha. Copacabana, de novo. A saia na altura dos joelhos se movimenta a cada passo. Sente no corpo a blusa de renda, jogada nos ombros, marcando levemente os seios. Nas costas, o cabelo perfumado, recém-lavado. Uma mulher passeia. Uma mulher de quarenta e oito anos. Uma bela mulher. Olha o pequeno relógio de pulso. Ainda é cedo. Escolhe um banco, senta-se. Observa os turistas aglomerados diante da estátua do poeta. Para além das bicicletas, um carro estaciona. Música alta. João Gilberto. “Vai minha tristeza, e diz a ela que sem ela não pode ser...” A mesma música. Há tantos anos... A festa no apartamento de uma amiga, na Barra. Na sala espaçosa, um violão acompanhando uma voz suave. “Diz-lhe numa prece, que ela regresse, porque eu não posso mais sofrer...” Ainda se lembra do vestido indiano que usava, da bolsa a tiracolo. Tantas moças na sala e a voz suave cantou para ela: “A realidade é que sem ela não há paz, não há beleza...” No final da festa, se conheceram, conversaram. Ele a levou para casa no seu fusca azul claro. Trocaram telefones. Próxima dele, observou seus olhos doces contrastando com sua barba máscula. Seu nariz afilado, os lábios vigorosos. Ah, sim, e havia a voz. Tudo que ele falava soava como se cantasse: “Pois há menos peixinhos a nadar no mar do que os beijinhos que eu darei na sua boca...” Não sabe bem como começou o namoro. Só recorda que durou um ano. O melhor ano, aquele. Ele ia buscá-la no colégio. Os sorvetes da tarde. As festas nos finais de semana ao som de sua voz e violão. Ele cantava para ela. À noite, os passeios na praia. Sandálias na mão, beijos apaixonados ao luar. A primeira vez que era tratada como mulher. A buzina estridente a desperta. Levanta-se, volta a caminhar. Observa o trabalho meticuloso dos escultores da areia. Ouve o choro de uma criança: seu castelo de areia ruiu. Depois de um ano, foi assim que se sentiu, também. Seu pai, professor universitário, deu um basta às perseguições políticas que sofria e resolveu emigrar. Espanha. Ele iria para a Universidade. Ouro Preto. A última noite juntos. “É só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai...” Adeuses chorosos e promessas, muitas promessas. Ele foi ao aeroporto se despedir e, quando o avião decolou, ela sentiu seu coração ficar nas mãos do Cristo Redentor. As cartas trocadas, amorosas, intensas. Poesia e saudade. Aos poucos, cada um se envolveu com sua nova vida. Na última carta, ele falou de suas atividades políticas e do medo que sentia de ser preso. Precisava se esconder, ficaria sem escrever por um tempo. Nessa época, ela conheceu seu futuro marido, na faculdade. Pára num quiosque. Pede uma água de coco. O balconista brinca, ágil no serviço. Todos os erres e esses cariocas. Delícia para os ouvidos. Sorri. O coco nas mãos, um filete de água fresca escorre por seu braço. Devagar, toma a água... e olha o mar. Sabe que nunca fora apaixonada por seu marido. Um bom homem, é verdade, mas... Tiveram duas filhas... e o tempo passou. Um dia, há alguns anos, numa livraria em Paris, ouviu um assobio. A melodia? “Mas, se ela voltar, se ela voltar, que coisa linda, que coisa louca...” Aproximou-se do homem. Olhou suas costas e desconfiou. O coração veloz, quase doendo no peito. Não é possível. Era. Ele. A barba aparada, não mais revolta, o mesmo perfil. A boca espremida no assobio era a mesma. Os olhos...ela os observou quando ele se voltou, lentamente, e olhou os dela. Doces os olhos, sorridentes os rostos que se reconheceram, maravilhados com a surpresa. Cumprimentos. O convite para um café. Os comentários sobre a coincidência. Daí para a vida de cada um. Ele se casara, também. Uma prima distante. Tinham um filho. O casamento não andava bem. Havia, ainda, a possibilidade de a esposa ter uma grave doença. Novos exames seriam feitos nos próximos dias, assim que retornasse ao Rio de Janeiro. Viajava a trabalho: pesquisa para o doutorado. Confessou que não teria coragem de deixar a esposa se a situação se confirmasse. Recordaram-se do namoro, daquele ano. Anoitecia. Ela disse que precisava ir. O marido e as filhas a esperavam no hotel. Decerto preocupados. Despediram-se, sem trocar telefones nem endereços. Melhor assim. O coco vazio, deposita-o no balcão. O relógio, de novo. Volta a caminhar. Ajeita os cabelos, agora secos. A primavera carioca. Quente. O sol nos seus ombros. Logo estará bronzeada. Há dois anos, a separação, depois das filhas terem crescido. As longas noites solitárias de leituras e filmes. Num site de relacionamento, ousou: digitou o nome dele e notou sua ansiedade enquanto a solicitação era processada. Ele apareceu, com foto e tudo. Nome. Estado civil: viúvo. Enviou recado e mal pôde trabalhar até receber resposta. Passaram aos e-mails, mais íntimos e particulares. Em um ano, se redescobriram. A oportunidade de voltar ao Brasil: oferta de trabalho na empresa de um primo. Chegou ontem, embasbacada com a beleza da cidade que deixara há tantos anos. Estaca e espera o sinal fechar. De longe, avista o bar. Numa das mesas, um homem sozinho. Volta-se para ela, que atravessa a rua em passos lentos. A calçada. Avenida Atlântica. Os sorrisos. Atrás dela, o carro passa, cantando: “Não quero mais esse negócio de você longe de mim.”

Eliana Maciel

TEMPO PARA LER

Há um pequeno livro, intitulado "Como um romance", de Daniel Pennac, de que gosto muito. Fala sobre a leitura e a forma como os adultos a tratam, na família e na escola. Propõe atitudes afetivas e singulares para que os jovens passem a gostar de ler. Transcrevo aqui um fragmento do livro (capítulo 52) que trata de uma das maiores desculpas que usamos para não lermos: a falta de tempo. Como verão, é muito belo.





"Sim, mas a qual fração de meu tempo disponível vou subtrair essa hora de leitura cotidiana? Aos colegas? À tevê? Às saídas? Às noites passadas com a família? A meus deveres?
Onde encontrar o tempo para ler?
Grave problema.
Que não é um só.
A partir do momento em que se coloca o problema do tempo para ler, é porque a vontade não está lá. Porque, se pensarmos bem, ninguém jamais tem tempo para ler. Nem pequenos, nem adolescentes, nem grandes. A vida é um entrave permanente à leitura.
- Ler? Queria muito, mas o trabalho, as crianças, a casa, não tenho mais tempo...
- Invejo você por ter tempo para ler! E por que é que essa aqui que trabalha, faz compras, cria filhos, dirige seu carro, ama três homens vai ao dentista, muda na semana que vem, encontra tempo para ler, e esse casto celibatário que vive de rendas, não?
O tempo para ler é sempre um tempo roubado. (Tanto como o tempo para escrever, aliás, ou o tempo para amar.)
Roubado a quê?
Digamos, à obrigação de viver. (...)
O tempo para ler, como o tempo para amar, dilata o tempo para viver.
Se tivéssemos que olhar o amor do ponto de vista de nosso tempo disponível, quem se arriscaria? Quem é que tem tempo para se enamorar? E no entanto, alguém já viu um enamorado que não tenha tempo para amar?
Eu nunca tive tempo para ler, mas nada, jamais, pode me impedir de terminar um romance de que eu gostasse.
A leitura não depende da organização do tempo social, ela é, como o amor, uma maneira de ser.
A questão não é de saber se tenho tempo para ler ou não (tempo que, alíás, ninguém me dará), mas se me ofereço ou não à felicidade de ser leitor."
 Daniel Pennac


terça-feira, 2 de novembro de 2010

PARA RIR E CHORAR

Compartilho com vocês um vídeo que recebi de um amigo, o Walter Tassi. Foi uma brincadeira de muito bom gosto. Adorei!
Que tenham todos uma ótima pequena semana.

http://zezedicamargoeluciano.uol.com.br/clipe/bigPlayer.html?video=461582

MOSAICO


MOSAICO

Amigos e amigas
confesso que não foi fácil. As sensações foram muito parecidas, no dia seguinte ao lançamento do livro em São Paulo e em Guará: um certo pavor ao pensar quantas pessoas estariam, naquele momento, lendo o que escrevi. Ainda mais textos tão próximos a mim... estarão gostando? Será que me expus muito? Haveria ainda algum problema gramatical? No dia seguinte, houve um silêncio... que, para mim, foi de grande expectativa. Aí, começaram a surgir os telefonemas, as mensagens, as conversas... E eu fui percebendo a forma como minhas palavras chegaram aos leitores. Para que vocês tenham uma ideia, transcrevo fragmentos de alguns comentários que recebi.  Os autores estão citados por iniciais. Agradeço todos os comentários, tanto por e-mail quanto pelo telefone ou pessoalmente. Um livro só existe se foi lido.
Abraços.

"(...) li seu livro inteirinho e adorei. Me emocionei com a menina a ponto de rir de algumas peraltices e a chorar por me sensibilizar com  algumas situações. Amei mesmo, agora escreva sobre a mulher, que tal?" (T.M.)


"Adorei seu livro e fiquei com gostinho de quero mais, de continuação, de menina que virou mulher!!!!" (N.F.C.M.)


"(...) em duas noites, leio antes de dormir, devorei o livro. Singelo e amoroso como deveria ser a infância de todas as crianças." (M.T.A.S.)

"Ao ler seu livro, sorri e chorei, pois encontrei em suas páginas muito de minha infância distante. Viajei. Encontrei-me com pessoas queridas, outras nem tanto. Queiramos ou não, o mundo infantil tem muitas coisas em comum. Contudo, nem toda criança consegue fotografá-lo com nitidez e revelá-lo com tanta ternura, alguns anos depois. Parabéns!Obrigada pelos momentos alegres nesses meus dias tão tristes." (L.S.)

"Após ler e reler seu agradável livro senti uma saudosa alegria de minha própria infância! Visto que é um tema universal, e os sentimentos são, dessa maneira, característicos geração após geração..." (A.M.)
"
Incrível a forma como descreve os detalhes que nos remete em segundos à cena relatada, como que num flash as imagens vão tomando forma e a leitura vai se tornando cada vez mais instigante!" (M.A.S.)
 "
Li seu livro, todo, à noite, aqui em Guará. Os contos, que já conhecia, ganharam nova dimensão. Seu livro, para mim, é mais que um livro de contos: é um pequeno romance. Juntos, os contos deixam de ser pequenas histórias, viram uma história única, a sua história. Da Eliana criança, que (a contragosto?) cresce, vê as coisas acontecerem e se perturba com a emoção de vê-las." (P.T.A.A.)
"Parabéns pelo livro, pelo estilo telegráfico e pelas crônicas de sua jovem vida, as quais deu à luz. Belos tempos, bela família, bela vida. Ganhamos nós em viver um pouco de sua infância, pois vivemos nova vida em cada livro." (W.T.)
"
Adorei ler o livro. Que mistura gostosa de delicadeza com ousadia! Conheci a menina e fico curiosa por conhecer a adolescente, a jovem, a mulher madura... enfim dá vontade de continuar crescendo com a menina. Muitos beijos e obrigada por me proporcionar tão bons momentos." (C.F.C.)
"Li o livro tão logo me chegou às mãos (...).Tive prazer em compartilhar suas histórias e suas emoções.Precisei de alguns dias para lê-lo porque é denso e requer muitas e íntimas reflexões, a cada história.É um livro singelo e profundo.
Realmente, está de parabéns!
Desejo-lhe este seja o primeiro de muitos que saberá tão bem escrever." (R.M.S.R.)

"Li os contos de Menina dos Olhos pelos caminhos para Águas de Lindóia.
O que me encantou foi a leveza da autobiografia." (M.F.B.)

"Já li e reli seu livro... É como você: beleza que emociona!
Agora estou aguardando o próximo, depois que a menina cresceu." (M.R.D.L
.)

"Li bem devagar pra ir saboreando cada historinha. Foi muito gostoso ler e chegar até ver e sentir muitas coisas. Continue, não pare por aí, queremos +++." (M.P.)

"O seu livro  foi lido no mesmo dia, uma leitura gostosa, demonstrando certa ingenuidade de menina e ao mesmo tempo uma alma evoluída com sentimentos nobres.  Ele nos inspira em diversos ângulos, na vida familiar, no afeto a nossos entes queridos, nos entretenimentos comuns do dia a dia. Manda-nos recados sutis sem demonstrar interesse em se tornar um livro de auto-ajuda. Só lamentei uma coisa >>>Queria ler mais estava tão bom." (T.V.)

"Senti, em alguns trechos, que a menina deixava que o narrador tomasse o lugar dela, mas, na maior parte do tempo, parece que narrador e personagem (motivo da narrativa), dividem, um cedendo lugar para o outro falar, respeitosamente, a tarefa da narração.
No início da leitura, parecia que havia um tom monocórdio que depreciava a construção do texto e da personagem. Mas, à medida que fui lendo os contos, um a um e todos, verifiquei que o mesmo tom revela delicadeza, como na música (não sei se dita atonal), em que a variação vem levemente, sem grandes piruetas harmônicas.
A emoção também é apresentada do mesmo modo. Leve e delicadamente, as surpresas da história se mantêm em todos os contos. Sem querer impor ao leitor uma forma de ver os fatos, os fatos que povoam a vida daquela menina. De quem se passa a gostar, incondicionalmente. 
A correção gramatical é impecável. O texto é limpo, nítido.
Vamos ver você na menina, não terá jeito de disfarçar o aspecto biográfico do texto. Não é mesmo? Você sabe que pessoas vão relembrar os fatos vividos em comum guardados dentro dos contos. Vi você em cada gesto da menina." (J.L.M.A.)


"Gostei muito de suas histórias de menina, de leitura clara e compreensiva." (A.S.)

"Seus contos... eu os vivenciei de longe ou de perto! Mas agora, na maturidade, me puseram lágrimas nos olhos. Quando terminei a leitura deles, tive um sentimento misto de alegria e de perda. Perda esta por  saber que momentos tão simples da infância, causaram em você impressões tão marcantes e que ficaram tão longe do meu aconchego e carinho. Alegria por sentir nos seus contos a presença amorosa de pessoas que me foram tão queridas...
Contos simples recheados de incertezas, de momentos alegres, de emoções variadas e de suaves prazeres. Contos meigos, leves, deliciosos que enternecem a alma de  todo tipo de leitores, principalmente dos que a conhecem!
Parabéns... você sempre gostou das letras!!!" (M.E.S.G.)


"Já tenho a minha menina dos olhos. Estou adorando a leitura. Parabéns!" (H.J.S.S.)

(...)" teu livro é uma delícia. Tem horas que me lembra "Cheiros e Ruídos" da Rachel Jardim. outras horas me lembra um pouco Adélia Prado, outro pouco de Cora Coralina."  (J.L.S.)

(...) "seu estilo claro e de frases curtas somado às reminiscências familiares de infância conferem leveza ao texto e o torna leitura de um só fôlego. As conexões entre as idéias geram uma espécie de "implicação lógica" que arremessa o leitor numa seqüência tão inevitável quanto desejada. Seu estilo de escrever convida a continuar. Ler seus contos é prender-se por alguns minutos em um tempo que você controla. Parabéns!" (A.M.L.B.)



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

MENINA DOS OLHOS E O LINCE

Muitos de vocês acompanharam a trajetória de "Menina dos Olhos". Os contos foram inicialmente publicados no Jornal O Lince, de Aparecida, distribuído em várias cidades da região. O Jornal, de conteúdo extremamente rico e seletivo, assume o compromisso de estimular os autores regionais. Manifesto meus agradecimentos ao Alexandre e à equipe de O Lince pela oportunidade. Aproveito para disponibilizar o link da última edição do Jornal para que vocês possam conferir o carinho com que tratam os novos autores. 
Abraços.

http://www.jornalolince.com.br/2010/out/pages/entrevista-eliana.php
 http://www.jornalolince.com.br/2010/out/pages/entrevista-eliana-meninadosolhos.php
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